sábado, 27 de junho de 2009

Recordações da infância


Cá estou de volta depois de uma não tão longa temporada de férias deste ciberespaço. Digo férias porque tudo na vida precisa de férias, senão vira rotina e rotina...bom, melhor nem me delongar muito neste assunto porque quero falar de algo bom (pelo menos para mim).

Voltei porque preciso, necessito escrever. É terapêutico. Não, eu não sou nenhuma artesã da palavra, mas amo as belas-letras. Ler é um prazer. Escrever é uma arte. Lembro-me de quando tinha uns 8 ou 9 anos quando eu sempre dizia a todos que eu iria ser escritora quando crescesse. Nem sabia direito o que tava falando, vi num filme e achei charmoso. Mas enfim, eram utopias infantis. Afinal, para minha avó, o importante era eu aprender a costurar e cozinhar. Já estaria de bom tamanho. Não virei escritora, muito menos aprendi a cozinhar e menos ainda costurar. Coitada da minha avó! Devia ter dado ouvidos a ela. Se não desse para viver de letras, teria duas outras opções: poderia ter me tornado uma promissora chef de cozinha ou quem sabe, uma estilosa modista. Resolvi ser historiadora. Até hoje não sei de onde me surgiu esta idéia insensata, mas...agora é passado. E passado é matéria de historiador. Acho que ainda tenho chance...


Mas eu tenho muitas outras recordações da infância. Lembro-me que quando tinha lá meus 12 ou 13 anos me apaixonei pelas músicas do agora saudoso Michael Jackson. Thriller era fantástico. Mas adorava também Black or White, Bad, Billie Jean, Beat it então...Nooossa! Sempre chorei ao assistir o clip de Heal the World e não tem como deixar de citar a inesquecível We are the world (composição sua juntamente com Lionel Richie). E não poderia deixar de citar ainda a frenética Smooth criminal (Lembra do filme Moonwalk? Tosquíssimo, mas eu adorava e sempre assistia quando passava no SBT. De quebra ainda jogava à bessa o jogo criado a partir do filme para o agora jurássico Mega Drive).

Lembro-me que era tão enlouquecida que chegava à escola cantarolando (mesmo sem saber patavinhas das letras) ou até mesmo tentando imitar algumas de suas performances (claro que eu não conseguia nem...enfim...). Estava na 6ª séria e eu tinha uma colega que ficava me chacoteando por gostar de um cantor "branquelo e horrível". Ela dizia que o Netinho sim era lindo (pois é né? Deu pra notar o bom gosto da garota. Pra quem, porventura, não se lembre, Netinho era aquele cantor de axé que muito fez sucesso na década de 90 pelos tantos Carnabelém da vida...)

Por esta mesma época também conheci a sua "rival" ao posto de rainha do pop. Isso aí, ela mesma: Madoninha da Silva. Adorava também as performances dela. Mas a paixão por Michael batia mais forte. Era mais autêntico. Era algo louco, psicodélico, sei lá...era Michael Jackson.
Mas essa minha Jacksonmania foi apenas uma fase. Todos diziam que eu devia parar com aquelas leseiras, por que eu já estava ficando mocinha. Imagina???
Sempre tive um lado meio trash mesmo. Devia mesmo era ter aprendido as coreografias, aprender as letras das músicas, devia ter sido mais feliz.

Fica a lição, fica a saudade. Adeus Michael! Você me embalou durante algum tempo. É engraçado pensar que apesar da excessiva, extraordinária, gigantesca diferença entre nós, tinhamos algumas semelhanças: éramos (sou) carentes, inseguros, cheios de dilemas. Eu sou apenas uma mera anônima. Ele um grande astro. Mas a verdade é que todos somos, indiscutívelmente, poeira ao vento.








Aqui vai uma pequena recordação dentre tantas outras que ficaram.

Continue reading...
 

Coisas de Madame... Copyright © 2009 Cosmetic Girl Designed by Ipietoon | In Collaboration with FIFA
Girl Illustration Copyrighted to Dapino Colada