segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O poder da música


Outro dia, assistindo a uma apresentação da OSTP, me chamou atenção quando o maestro, Evaldo Oliveira, fazia um breve comentário sobre o poder da música sobre nós seres humanos. Afirmava ele que a música é capaz de despertar em nós as mais diversas emoções, dependendo do estilo musical, da sonoridade, etc. Por exemplo, imaginemos as sensações que sentimos ao adentramos a um teatro e a uma discoteca. Certamente na primeira o sentimento mais comum é o da tranquilidade que se mistura com um certo tom melancólico. Na segunda, obviamente somos invadidos por uma mistura de alegria e euforia que nos leva a externá-la através da dança, do movimento dos corpos.
Porém, uma das sensações mais marcantes transmitidas pelo poder da música é a nostalgia. Percebo que muito da ligação que temos com o nosso passado é proporcionada pela música. As canções marcam época e assim, cristalizam sensações vividas. É como se adentrassemos em uma máquina do tempo. Através dela somos capazes de sentirmos as emoções outrora vividas, lembrar das pessoas que conviviam conosco, as suas atitudes e sentir toda a aura de um tempo que se foi e que só encontra vida através da nossa memória.
Faço esta breve consideração sobre este mágico poder da música porque estes dias tenho lembrado muito de minha infância. Não, eu não quero adentrar aqui em pormenores da minha vida, nem do meu passado, nem das minhas mazelas sentimentais. Afinal, passado é passado e só faz sentido para nós mesmos. Para os outros, não passa de mera quinquilharia nostálgica. E revirando o baú das minhas lembranças encontrei uma música que me remete a esta sensação a qual me referia acima: nostalgia. Ela me recorda a infância, aos meus 7 anos (se não me falhe a memória), o clima da cidade que tanto enchia os meus olhinos de felicidade. Ela se chama Romance rosa (Bachata rosa) e é de autoria de um cantor dominicano chamado Juan Luis Guerra. Era uma das músicas mais tocadas na rádio. Acho que por este fato e pela sua sonoridade adocicada ela acabou ficando gravada na minha memória, guardada no baú empoeirado das minhas recordações.



Bachata Rosa

Te regalo una rosa
La encontré en el camino
No sé si está desnuda
O tiene un solo vestido
No, no lo sé

Si la riega el verano
O se embriaga de olvido
Si alguna vez fue amada
O tiene amores escondidos

Ay, ayayay, amor
Eres la rosa que me da calor
Eres el sueño de mi soledad
Un letargo de azul
Un eclipse de mar, pero...
Ay, ayayay, amor
Yo soy satélite y tú eres mi sol
Un universo de agua mineral
Un espacio de luz
Que sólo llenas tú, ay amor

Te regalo mis manos
Mis párpados caídos
El beso más profundo
El que se ahoga en un gemido, oh

Te regalo un otoño
Un día entre abril y junio
Un rayo de ilusiones
Un corazón al desnudo






Na teledramarturgia ela foi tema da personagem Yasmim interpretada pela atriz Daniella Perez na novela De corpo e alma (1992). Da novela de fato, lembro pouco. Mas esta música me transmite profundas emoções e recordações.





Romance rosa

Eu te dei uma rosa
Que encontrei no caminho
Não sei se estava nua
Ou se tinha algum espinho

Se uma gota de orvalho
Molha o seu rosto bonito
Se alguma vez foi amada
Ou tem amor proibido

Ah, ai ai ai, amor
Você é a rosa que me dá calor
Você é um sonho em minha solidão
Um abismo de azul
Um eclipse do mar

Ah, ai ai ai, amor
Eu sou satélite e você é meu sol
Um universo de água natural
Um espaço de luz
Feito só pra nós dois, ai amor

Eu te dou minhas mãos
Meu pranto tão sofrido
Um beijo mais profundo
Que se afoga num gemido
Eu te dou um outono
Um dia entre Abril e Junho
Um raio de ilusões
Um coração no escuro

Ah, ai ai ai, amor
Você é a rosa que me dá calor
Você é um sonho em minha solidão
Um abismo de azul
Um eclipse do mar

Ah, ai ai ai, amor
Eu sou satélite e você é meu sol
Um universo de água natural
Um espaço de luz
Feito só pra nós dois, ai amor




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