domingo, 29 de novembro de 2009

November rain


Novembro está dando adeus. O mês das chuvas finas. Por isso ele é mês tão úmido pra mim. Porque ele sempre me lembrará alguém que partiu sem dizer adeus. E me lembrará também que nada dura para sempre. E que corações mudam. E lembrará também de como é dificil segurar uma vela na fria chuva de novembro.





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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Are Baba! C aminho das Índias ganha Emmy International.


Tinha alguém que sempre me chacoteva por assistir a novela Caminho das Indias. Tudo bem que a novela às vezes (aliás, na maioria das vezes) caia no burlesco, mas acho que era ai que residia toda a sua graça. Não quero aqui incitar à ridicularização dos costumes alheios, mas no caso da novela da Glória era até digerível. Por que? Porque era animada. E o povo brasileiro gosta de animação. O mundo anda tão violento que a maioria das pessoas vê nas novelas um meio de "abstração". Ah! a isso os sociólogos chamam de alienação. Isso mesmo. Pura e total.
Mas mudando aqui de assunto, o fato é que estranhei quando soube da premiação. Fiquei ali pensando: -Mas como já? Puta preconceito meu. Tirando a parte caricatural a novela abordou temas como a psicopatia, a esquizofrênia, a delinquência juvenil e, acima de tudo, o preconceito. Glória mostrou como a tolerância é sempre o melhor caminho a ser seguido através do perdão e do respeito às diferenças. Bom, já estou parecendo aquelas marias noveleiras que ficam ali torcendo para que o casal fique junto no final. Não, não é isso. É só um elogio a um trabalho de uma mulher que consegui superar muitos desafios na vida. Eu sei que ela certamente não conseguiu sozinha, mas isso não tira os seus méritos.

Ah, e a Juliana estava linda. Parece que desabrochou no alvorecer dos seus trinta anos. Lembro de quando ela começou a fazer novelas e não passava de um esteriótipo da mulher boazuda. Agora ela está classuda. E agora sim, ela está realmente bonita.
Parabéns Glória. Parabéns Juliana. Parabéns Caminho da Indias.


E só para relembrar vou deixar uma das músicas que mais gosto da trilha sonora, que inclusive ainda no domingo à noite a escutava. Seria já um sinal de Ganesha...



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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

QUERO- SER- ANJO!


Quando era criança não me faltavam convites para sair de anjo na procissão do Divino Espirito Santo. Era meu sonho poder um dia desfilar em cima daquele carro e poder coroar ao final a Virgem Santíssima. E a minha avó sempre dizia não. Que não podia. E eu chorava e chorava. E depositava sempre as esperanças no ano seguinte. - Ano que vem eu vou ser anjo. E todo ano era a mesma decepção vendo passar aquele desfile de crianças caracterizadas. Anjos rosas, brancos e azuis. E eu sempre perguntava porque eu não podia ser anjo como as outras crianças. E ela respondia:

- Porque não dá. Não dá pra te arrumar.

E eu confesso que não entendia. Ou pelo menos não queria entender. E eu não sabia o que fazer com as minhas lágrimas. E nem onde poderia meter toda minha frustração.
O tempo passou e sonhos ficaram para trás. Mas frustrações ficaram guardadas. E por vezes me pego recordando assim fatos de épocas tão longínquas. É incrivel, mas a todo momento uma banalidade qualquer pode me remeter a um cemitério de lembranças , ressucitando atos, gestos, semblantes... tão cravado em mim.

Hoje sou outra pessoa, totalmente distinta daquela garotinha bicho-do-mato que morria de medo de pessoas. Sim, eu tinha medo de pessoas. De adultos para ser mais exata. Eles me cheiravam a alguma coisa que não prestava, mas eu não sabia direito o quê. Hoje eu sei. Eram presunçosos. Se achavam os donos da verdade. Criança não tem vontade. Criança obdece. Por que? Por que? Quando aprenderão os adultos a falar com os pequenos?

Mas hoje compreendo que a maioria dos adultos não passam de meras crianças crescidas. Que não sabem lidar com os próprios sentimentos. Como então poderam lidar com os sentimentos de uma criança? É, eu sei que me tornei uma criança crescida. Mas eu não me acho a dona da verdade. Eu aprendi que errar é humano, por mais que errar seja uma das coisas mais chatas do mundo. E por isso, se pudésse, eu gostaria de dizer à minha pequena estas palavras:

- Escute, meu bem. Você é muito pequena para entender muitas coisas. Mas você tem toda razão em não concordar com as muitas regras deste mundo que te impuseram. Elas muitas vezes não são nada justas. Um dia já pensei como você. E hoje eu sou como eles não é? Opressora. Mas eu lhe tenho muito amor. E um dia quando tiveres os teus filhos, tenho quase absoluta certeza que também serás. Quando eles se recusarem a irem para cama cedo e te indagarem por que ter que dormir quando não se está com sono, alegarás que assim são as coisas, é a regra. Mas isso é coisa pro futuro, não precisas ainda te preocupares. Por enquanto, curte a tua infância, a tua meninisse. Te preocupas apenas com as histórias de bruxas que tanto te causam admiração. E com as tuas Barbies que tu nem dá tanto valor. Deixa o mundo pra depois. Um dia ele vai te exigir muito. Vai exigir até que você não seja você. Pensa no momento que o mundo é apenas uma bola girando e girando. Mas um dia vais entender que ele não gira aos nossos pés. Um dia vais entender que somos apenas uma pequena porca dessa grande engrenagem. Que a gente é tudo e nada ao mesmo tempo. Que o amanhã é sempre o terreno das incertezas. Que estamos no mundo apenas de passagem. Que passamos da vida para a morte assim...num piscar de olhos. Mas de tudo, o que te peço é que aprendas a ter coragem, que enfrente teus medos, que tenhas tuas próprias opiniões e aprenda a defendê-las, mas que também aprendas a respeitar as alheias. Que exercites sempre a tolerância, porque no mundo estamos cercados de pessoas boas e ruins, mas nem todas as pessoas são ruins, apenas são pessoas muitas vezes desesperadas, sem rumo.
Eu espero que aproveites as oportunidades que a vida te oferecer, e se por vezes, eu te obrigo a fazer alguma coisa é para que não venhas no futuro lamentar por não ter feito algo. E se um dia quiseres ser anjo, podes ficar certa que atenderei o teu pedido com todo e maior carinho.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O que nos faz feliz?





É incrível, mas tem dias que a gente acorda se achando um lixo. Mexe o cabelo pra lá e pra cá, mas não tem jeito. É o nosso estado de espírito. Se ele não está bem, nada adianta. Por isso dizem que não existe mulher bonita e sim, mulher de bem com a vida. De bem consigo mesma. E fazia um tempo que eu não acordava assim. Com o cabelo lindo que não foi preciso nem pentear. Sem maquiagem, sem nada. Só o par de brincos da Tita que comprei. E eu estava me achando linda, achando que o mundo era bom, que as pessoas eram boas. Acho que talvez tenha sido a magia do Teatro Mágico que tenha me irradiado uma energia tão boa de se sentir. Ai vida, que paradoxo! Por que as vezes és tão doída se no mais és tão simples? Não precisa tanto. Nem pouco. Só precisas ser na medida. Eu gostaria de acordar mais vezes assim. Me importando apenas com o essencialmente importante.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Oh L'amour


Hoje alguém me fez lembrar esta música. E essa música me lembra muito a infância. Um Renault 21 e um toca-fitas. Um período bonito e único de nossa existência. Um período em que tudo o que importa é brincar. É descobrir o mundo. É pensar que a gente tem a vida toda pela frente. É esperar ansioso pelo presente de natal. É pensar que vamor ser tudo o que quisermos. É simplesmente viver e viver. Sem se importar muito com o amanhã. E só.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

.Sem título.


Hoje a ideia de morte veio me fazer uma visita. Fazia um certo tempo que ela não se aproximava. Mas porque eu não deixava. Mas hoje eu deixei que ela me fizesse um pouco de companhia. Eu precisava desabafar, sabe? E só ela estava ali me estendendo a mão. Ouvia atenciosamente as minhas lamúrias. E me deu um conselho. Uma solução prática. Mas cadê que eu tive coragem para seguir o conselho dela. Ai ela disse que eu era covarde. Me disse que no mundo ninguém tá muito nem ai pra gente. Por que eu deveria me preocupar com os outros? Talvez antes eu nem me desse conta disso. Ai eu fiquei ali imaginando como seria o mundo sem a minha presença. Não o mundo mundo, mas o meu mundo. O meu universo particular. Comecei a imaginar a minha petit sentindo a minha falta. Comecei a imaginar o que as pessoas fariam com os meus poucos livros que por ai estão espalhados e que para mim valem muito. Imaginei os meus tão poucos amigos (talvez) relembrando alguns poucos momentos felizes que passamos juntos. E as minhas ideias insanas? E as minhas besteiras escritas? O Vieira e o Bettendorff? O que seria deles? Ai eu me peguei pensando que nada duraria mais do que duas ou três semanas. Um mês com um pouco mais de sorte. E um triste pesar: "coitada! no fim das contas era uma boa pessoa...". Ai eu vi que a morte era uma saida muito simplória. Sem muito glamour. Acho que nem teria uma roupa adequada para a ocasião. Ai eu disse a ela que não, obrigada. Em outra ocasião quem sabe?!
Acabei não aceitando a proposta e ela saiu estupefada, bufando de raiva, achando que só havia perdido tempo comigo. Novidade! Já estou até acostumada com isso que já me soa até como elogio.
Eu só sei que a minha prima sempre me convida para ir ao Rio. Um dia quem sabe eu tome coragem e vá. Assim, na doida mesmo. Um dia quem sabe eu deixe de ser tão tola e ficar acreditando em tolices que vez por outra alguém me diz. Um dia quem sabe eu me acostume com a vida e não me importe mais com tantas e tantas bobagens que de tão frívolas dá raiva só de pensar. Um dia quem sabe eu me não me importe tanto com a estupidez dos outros. E um dia quem sabe, eu deixe de ser menos covarde.
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pequenos devaneios da madrugada


Eu suspeitava que dentro de mim existisse uma flor. Mas confesso que nunca dei muita atenção a ela. Por que? Não sei. Eu esquecia sempre de regá-la, sabe? Desleixo, as vezes. Ou preguiça quem sabe?! Mas de fato nunca deixei que ela desabrochasse e viesse ao mundo mostrar sua beleza.
Mas antes tarde do que nunca. E agora, deste árido terreno vejo desabrochar a mais alva e delicada flor: a esperança.
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Conselhos da Madame


Acho incrível a antipatia criada, principalmente, contra mulheres vaidosas. Muitos consideram vaidade sinônimo de pura frivolidade. Sou obrigada a admitir, que algumas (nem tão poucas assim) assim o são. Mas isso se dá ao fato desta parcela feminina colocar este aspecto como carro-chefe de sua existência, relegando a último plano outros aspectos tão igualmente importantes (ou até mais importantes). Esquecem-se que têm uma cabeça. Aliás, só lembram por conta da chapinha. Depois queixam-se do machismo dos homens. Me diga em sã consciência que homem quer ter ao seu lado apenas uma boneca? Os homens (não leve em consideração os brutamontes pelo amor de Deeeus...) obviamente querem uma uma bonequinha ao seu lado, mas eles querem um produto de qualidade (desculpem-me o termo, pode soar machista mas é só uma força de expressão). Na verdade, eles querem um pacote completo. Uma mulher bonita e inteligente. Mas e agora? Eu sou bonita mas não sou um poço de cultura... e eu sou doutora mas não sou assim um pedaço de mal caminho...
Calma! Para tudo há solução (exceto para a morte! Cliché não??). Não pense que o fato de você não ser uma Angelina Jolie da vida você é um caso perdido. Mas eu sou gorda! Tem jeito. Mas o meu cabelo é cri-cri! Tem jeito. Mas eu sou nariguda. Tenha certeza, tem jeito.
A tecnologia evoluiu o bastante criando soluções para "problemas" que antes poderiam parecer irreversíveis. Existem soluções moderadas e extremas, depende do grau de necessidade. Para gordura existe regime e cirurgia do estômago. Para cabelo existe chapinha e escova definitiva (e ainda máquina zero e peruca). Para o nariz de Pinóquio existe "truques" de maquiagem e cirurgião plástico (não sei se resolve mentir menos...). E assim por diante. Sacou?
Ah, e para a cabeça? Nesse caso existe um leque de opções. Existem universidades, livrarias, Google, banca de revista, museus, teatros, etc, etc, etc...
Não pense ser este um conselho machista, que você deve seguir apenas para agradar os homens. Se você tem um ogro dividindo a cama com você, não banque a princesa Fiona que preferiu virar uma ogra também. Mande o sujeito se reciclar. Se antes ele poderia não estar mais aguentando uma mulher feia ou burra (ou os dois), certamente agora pode ser o contrário.
É querida...é a eterna guerra entre os sexos.
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