segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Despedidas


2010, faltam poucos dias para sua partida. E eu apenas gostaria de dizer que sentirei saudades suas. Você foi um bom ano. Um ano ilustre. Não perfeito, mas fantástico. Me proporcionou descobertas e redescobertas. Eu sempre soube que seria assim. 2009 havia me falado bem baixinho no ouvido. E você não decepcionou. Obrigada, obrigada, obrigada. Je vous remercie par tout!

Mafalda de Quino.

PS: Este espaço está fechando suas portas. O ano que se anuncia promete que o tempo será muito curto para continuar alimentando este  espaço. Para não deixá-lo às moscas (o que não é justo, pois ele sempre foi um grande amigo nas horas ociosas), decidi trancá-lo no baú das recordações. Aqui estão registradas tantas páginas de minha história e agradeço a todos aqueles que as escreveram junto comigo. Muito obrigada e um promissor 2011 a todos!
Continue reading...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Joyeux Noël et Bonne Annee!



Jana Magalhães, 2010.


Chers amis,

Je vous souhaite une bonne et heureuse 2011, une excellente santé et le succès dans tous vos projets! Joyeux Noël a tous!
Continue reading...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Democracia el carajo!!!!


El "pueblo" tiene el gobierno que se merece.
Continue reading...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sessão nostalgia


Porque eu já tive 13, mas ainda não tenho 30.....

Continue reading...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Conto nada de fadas


Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?

Ele respondeu:

- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.

O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
[Luís Fernando Verissimo]

Esse Veríssimo é do maaaaaal...e é por isso que eu tô com ele!!!!
Continue reading...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Coisas alheias*


"Essa coisa de não ter tempo pra nada não começou ontem. Em 1917, eu estava imerso numa porção de projetos, atrasado com uma série de entregas e com enorme dificuldade em criar uma obra para inscrever no Salão da Sociedade Nova-iorquina de Artistas Independentes. Numa ida ao toalete, naquele momento de relaxamento proporcionado pelo esvaziamento do reservatório, tive a ideia que acabou por influenciar toda a arte contemporânea. O que eu procurava estava ali, bem embaixo de minhas cabeças. Esperei o último pingo cair e fui correndo até uma loja de material de construção. Comprei um urinol branco e esmaltado, bem ordinário e barato, mesmo assim pedi CPF na nota. Saí de lá e fui ao meu estúdio. Peguei a peça e a assinei no canto inferior com o pseudônimo de “R.Mutt” (você sabe, a cara de pau tem limites). Depois, nominei a obra como A Fonte e a enviei para a apreciação do corpo de jurados. A partir de então, litros de chá verde passaram a fazer parte do meu processo criativo.

Estava assim criado o conceito de ready made (posteriormente utilizado em sopas, pizzas e novelas das 8), que nada mais é do que o transporte de um elemento da vida cotidiana, a princípio não reconhecido como artístico, para o campo das artes. O ready made, também conhecido como “isso até meu filho de 3 anos faria” ou Arte Conceitual, se caracteriza por considerar a ideia como a parte mais importante da obra. Ficando a manufatura do objeto de arte, sua execução relegada a um segundo plano. Essa nova visão acabou por abalar as estruturas da arte e estendeu sua influência a outros campos da expressão humana, como o futebol. O Grêmio Prudente, por exemplo, pratica o futebol conceitual. Eles têm a idéia de jogar bem. A execução que não é das melhores. Atualmente, os grandes expoentes dessa vertente iniciada por mim são a Yoko Ono, cuja principal obra foi ter acabado com os Beatles, e o instalador da tevê a cabo que teve aqui em casa ontem e fez uma bagunça (instalação) muito bonita.

O júri do Salão da Sociedade Nova-iorquina de Artistas Independentes não aceitou meu urinol. Porém, os críticos da época entenderam que A Fonte era em si um ato iconoclasta de grande proporção. Alguns até se arriscaram a dizer que viam nas formas do urinol uma semelhança com as curvas femininas e elucubraram explicações psicanalíticas, envolvendo o membro masculino lançando urina sobre uma mulher. Eu, hein? De modo que, quando você for visitar a Bienal, não fique intimidado quando não entender a intenção dos artistas. Se você se sentir desconfortável com algumas provocações, vá até o banheiro e tenha suas próprias ideias. Mas não faça como alguns, dê a descarga.

Bom, espero que você tenha gostado desse post sobre um pequeno fragmento da história da arte. Despeço-me praticando o ready made, agora na forma de frase: o impossível só existe na cabeça dos acomodados. Beijo no coração." [Blog do Duchamp - o Ready Made não nasceu feito].

*Este, e muitos outros depoimentos de celebridades que já partiram para o andar de cima, você encontra aqui http://www.blogsdoalem.com.br/
Continue reading...

domingo, 17 de outubro de 2010

O verdadeiro elixir do amor


Elixir do amor(L'elisir d'amore) é uma ópera cômica em dois atos composta por Gaetano Donizetti a partir do libreto de Felice Romani. Estreou em Milão em maio de 1832 e a ação se passa numa pequena aldeia italiana do século XIX.
Nemorino, um pobre camponês, apaixona-se pela  rica camponesa Adina a quem dirige inutilmente muitas atenções e ofertas de amor. Adina é inconstante, caprichosa e mostra preferir a corte descarada e presunçosa de Belcore, um vaidoso sargento da guarnição do vilarejo. Um dia chega no vilarejo o doutor Dulcamara, um loquaz e pitoresco charlatão que vende um elixir milagroso, uma poção mágica que resolve todos os males. Nemorino, tolinho (ou seria apaixonado??),  logo cai na balela do charlatão (pois a bebida não passa de um simples vinho) e compra uma garrafinha, bebendo com a certeza que o fabuloso elixir fará com que Adina caia aos seus pés. Mas isso não ocorre, e de birra, Adina aceita casar-se com Belcore e um grande banquete é organizado. Porém, por se tratar de uma comédia, nesse meio tempo, espalha-se no vilarejo um boato que um suposto tio rico de Nemorino haveria falecido e de quebra, deixado a ele uma enoooorme herança. Ora, não poderia haver elixir melhor...Logo todas as garotas do vilarejo dedicam mil atenções ao jovem que, tolinho, acredita que tudo isso seja o efeito do mágico elixir. Todo esse alvoroço feminino acaba por surpreender Adina  que não sabe sequer da história da suposta herança, muito menos do tal "milagroso elixir". A verdade é que agora ela também está apaixonada por Nemorino. No final, Adina, desfaz o acordo com Belcore, e confessa a Nemorino o seu amor.

Moral da história: ser humano é bichinho ruim mermo. Só quer o que não lhe pertence mais!
Continue reading...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Scènes de la Vie de Bohème




Je vous parle d'un temps que les moins de vingt ans ne peuvent pas connaître
Montmartre en ce temps-là accrochait ses lilas jusque sous nos fenêtres
Et si l'humble garni qui nous servait de nid ne payait pas de mine
C'est là qu'on s'est connu moi qui criait famine et toi qui posais nue

La bohème, la bohème, ça voulait dire on est heureux
La bohème, la bohème nous ne mangions qu'un jour sur deux

Dans les cafés voisins nous étions quelques-uns qui attendions la gloire
Et bien que miséreux avec le ventre creux nous ne cessions d'y croire
Et quand quelque bistro contre un bon repas chaud nous prenait une toile
Nous récitions des vers groupés autour du poêle en oubliant l'hiver

La bohème, la bohème ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème et nous avions tous du génie

Souvent il m'arrivait devant mon chevalet de passer des nuits blanches
Retouchant le dessin de la ligne d'un sein du galbe d'une hanche
Et ce n'est qu'au matin qu'on s'assayait enfin devant un café-crème
Epuisés mais ravis, fallait-il que l'on s'aime et qu'on aime la vie

La bohème, la bohème, ça voulait dire on a vingt ans
La bohème, la bohème, et nous vivions de l'air du temps

Quand au hasard des jours je m'en vais faire un tour a mon anciènne adresse
Je ne reconnais plus ni les murs, ni les rues, qui ont vu ma jeunesse
En haut d'un escalier je cherche l'atelier dont plus rien ne subsiste
Dans son nouveau décor Montmartre semble triste et les lilas sont morts
La Bohème, de Charles Aznavour
Continue reading...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Lady Envy


Outro dia estava assistindo a um programa de TV, cujo tema versava sobre os famigerados 7 pecados capitais. Nada de novo, óbvio. Mas o tema sempre suscita curiosidade. Primeiro, porque nunca ninguém sabe exatamente quais são os "7" pecados( e será que são apenas 7 mesmo??). Segundo, se estes "pecados" são realmente pecados, tamo lascados, vamos todos arder no mármore do inferno, porque todos estes "pecados"  são nada mais do que puro instinto humano, ou seja, somos naturalmente pecadores (e não tem corda do círio que dê jeito).
Aí, óbvio, fui dar uma procurada básica (leia-se Google) pelos 7 pecados capitais, e ai encontrei algumas curiosidades.
Eu sempre ouvi que a Vaidade era um pecado (acho que não preciso dizer que este é meu "pecado" favorito né??). Mas...em algumas listas que encontrei, ela não era nem sequer citada, e advinhem só quem figurava entre as 7 estrelas?? Ela mesma, a senhora Inveja. Na verdade, a Srª Inveja, é uma persona non grata, daquele tipo que ninguém suporta, mas que está sempre ali ao seu lado e você tem que aturá-la com a maior delicadeza possível. Porque a maior qualidade da Srª Inveja é a dissimulação. E não preciso nem dizer que suas festas preferidas são os bailes de máscaras. Você nunca a reconhece, e se reconhece, nunca tem como dizer que é ela. É camaleoa. Se transveste de uma bela e elegante senhora. Mas em seu íntimo é horrenda, dantesca, repugnante.  E sem dúvida, é o pecado que mais desprezo e do qual busco manter a maior distância possível.
O resto...ahhhhh... fichinha!!

Lista A

1. Luxúria: apego e valorização extrema aos prazeres carnais, 
à sensualidade e sexualidade; desrespeito aos costumes; lascívia.
 
2. Gula: comer somente por prazer, em quantidade superior
àquela necessária para o corpo humano.

3. Avareza: apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo 
de adquirir bens materiais e de acumular riquezas.

4. Ira: raiva contra alguém, vontade de vingança.

5. Soberba: manifestação de orgulho e arrogância.

6. Vaidade: preocupação excessiva com o aspecto físico
para conquistar a admiração dos outros.

7. Preguiça: negligência ou falta de vontade para o 
trabalho ou atividades importantes.


Lista B
 
1) Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora; 

2) Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro; 

3) Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa; 

4) Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que às vezes é incontrolável; 

5) Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente;

6) Luxúria: apego aos prazeres carnais; 

7) Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico.
 


Sebastián de Covarrubias, “ A inveja”, gravura, Século XVI
Continue reading...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Résist baby!!


"Résiste
Prouve que tu existes
Cherche ton bonheur partout, va,
Refuse ce monde égoïste
Résiste..."

Continue reading...

sábado, 28 de agosto de 2010

Homenagem do dia: Karatê Kid (1984)


Como estamos na era dos remakes, uma pequena homenagem aos clássicos!


(O eterno Daniel Sam e sua namoradinha Ali)





(O eterno sucesso de Peter Cetera)
Continue reading...

domingo, 8 de agosto de 2010

Homenagem do Dia: Pagu.


"Pagu tem os olhos moles
uns olhos de fazer doer.
Bate-côco quando passa.
Coração pega a bater.

Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer".
Raul Bopp

Continue reading...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

La vie!


     "esta vida é uma viagem
pena eu estar
     só de passagem..." 
(Leminski)
Continue reading...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ler? Escrever?! O que mesmo??!


As vezes me pego pensando no que escrever. Assunto é o que não falta: cinema, literatura, teatro, música, dança, história, moda, maquiagem, etc, etc, etc... Mas ai eu me pego: o que escrevo? Talvez eu esteja ficando séria demais e perdendo o jeito com as palavras. Ou é apenas uma daquelas crises de preguicite intelectual. Ou talvez, apenas a falta de tempo que sempre me faz deixar pra depois. Acho que é um pouquindo de todos estes ingredientes. Escrever é como terapia. E terapia é para loucos. Ai quando a gente percebe que está enloquecendo começa a escrever, escrever, escrever que nem doido. Ai você vai se curando. Até parar de escrever. Ai para você voltar a escrever tem que inventar uma doença. Começa a olhar para os lados tentando achar alguma coisa pra reclamar. Nunca vi bom poeta ser feliz. As palavras que transmitem a melancolia são as mais belas. Auto-ajuda é para os medíocres. Ora, quem é que quer saber qual o caminho para ser feliz? Para ter sucesso? Para ter reconhecimento? Para planejar aquela viagem tão sonhada a Paris? Para montar seu próprio negócio? Para ser aprovado num concurso público? 
Ora, somente os medíocres. E aliás, estou precisando ler Mulheres boazinhas não enriquecem, porque Os seguedos das mulheres inteligentes já foi.

Beijoenãomeligue.

Continue reading...

domingo, 11 de julho de 2010

Je vois la vie en rose...


Para acalentar o coração e o sonho parisiense.

Continue reading...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Conselhos de Clarice


"As pessoas que se comprazem no sofrimento, que gostam de sentir-se infelizes e fazer aos outros infelizes, jamais poderão orgulhar-se de sua beleza. O mau humor, o sentimento de frustração, a amargura marcam a fisionomia, apagam o brilho dos olhos, cavam sulcos na face mais jovem, enfeiam qualquer rosto. Essa é a razão porque a mulher, que cultiva a beleza, deve esforçar-se para ser feliz. Felicidade é estado de alma, é atmosfera, não depende de fatos ou circunstâncias externas.” 
[Clarice Lispector, Correio feminino, Rocco, 2006]
Continue reading...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para ver e remexer


Sabe o que significa BLOCKBUSTER?  No cinema significa um filme que é tão bom que milhões de pessoas vão assistí-lo, rendendo milhões de dólares para os estúdios, patrocinadores, etc. Resumindo: é aquele filme que fica na lembrança, e no geral, tem uma trilha sonora espetacular, tornando impossível esquecer. E hoje, lembrando de certas músicas, resolvi buscar alguns filmes que forarm o maior sucesso nos idos "anos 80". E o que é mais legal: todos extremamente dançantes! Ficam aqui algumas  sugestões.

1.   Glenn Frey - The  Heat Is On ( Um Tira da Pesada - 1984)




2. Bill Medley & Jennifer Warnes - I've Had the Time of My Life ( Dirty dancing- 1987)



3. Michael Sembello - Maniac (Flash dance -1983)



4.  Kenny Loggins - Footloose (Footloose - 1984)



5.  - Ray Parker Jr - Ghostbusters (Ghostbusters - 1984)



6.  Survivor - Eye of the Tiger (Rocky IV - 1985)



7. Cyndi Lauper - Gonnies are good enough ( The Goonies -1985)



8. Madonna - Into the groove (Procura-se Susan desesperadamente - 1985)





9.  Ritchie Valens - La bamba (La bamba - 1987)




10.  HUEY LEWIS & THE NEWS - The Power Of Love (De volta para o futuro - 1985)

Continue reading...

terça-feira, 15 de junho de 2010

A caminhada...


É engraçado esse lance de comemorar nosso aniversário. Somos tomados por um misto de nostalgia e felicidade que pode nos levar a extremos como se jogar numa profunda melancolia ou se esbaldar numa profusa euforia.Este ano eu não senti nada disso. Pelo menos, não até agora. Não lembrei, não planejei, nem senti falta. Sinto-me como se estivesse numa galáxia muito distante onde tal evento não faça sentido algum. E isso não quer dizer indiferença. É simplesmente uma paz de espirito que insiste em tomar conta da minh'alma. É um não se importar com tantas coisas. E se importar com muitas e muitas outras.É estar de cabeça cheia. E um sentimento de superação. De ver a vida com outros olhos. E descobrir que ela é realmente cheia de surpresas. Mesmo quando a gente já não se surpreende mais. Aprendi também a acreditar em anjos. E tudo mais que me possa soar encanto de viver. Aprendi que ao mentalizar  coisas boas, elas chegam até nós naturalmente. Parei  de acreditar tanto nos outros e acreditar mais em mim. E consegui. E hoje, caminhando , subindo mais um degrau da vida, eu chego a uma extasiante conclusão:

- Yes, I can.
Continue reading...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Conselhos de Katherine Mansfield



Risque, risque qualquer coisa! Não se importe mais com as opiniões dos outros, com suas vozes. Faça a coisa mais difícil no mundo para você. Aja por si mesmo. Encare a verdade.



Se nós pudéssemos mudar nossa atitude, nós não apenas veríamos a vida de forma diferente, mas a própria vida se tornaria diferente.


Eu quero ao entender eu mesma, entender os outros. Eu quero ser tudo que sou capaz de me tornar.
Continue reading...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amigo é...


Dizem que quem tem amigos tem tudo. Isso parece ser uma uma grande verdade visto que, quando você recebe uma noticias daquelas que te deixam com um sorriso atravessado na cara ou quando você está numa fossa daquelas pra quem você quer logo correr? 
Não importa se essa pessoa especial é a sua mãe, seu marido, seu irmão ou aquela pessoa que não tem nenhum vínculo sanguineo com você. O amigo é aquele que você sabe que pode contar. Com ele você se identifica. Por algum motivo. Nele você quer confiar. Por algum motivo. E espera que ele nunca te abandone. Por algum motivo.
Um amigo de verdade sempre se importa com o outro. Se o outro precisa de ajuda, ele fica ali martelando alguma maneira de poder ajudá-lo. Mesmo que seja uma ajuda mínima. Um amigo de verdade quer que o outro seja auto-suficiente. Não seu dependente. Um amigo de verdade quer admirar o outro.Para que sempre ele possa o chamar de amigo.
Um amigo de verdade é algo para sempre. Um amigo de verdade sim, pode ser nossa verdadeira alma gêmea.


 
Amigo é amigo. O resto é o resto.
Continue reading...

domingo, 2 de maio de 2010

Dos livros que amo.


Peço perdão pela ausência repentina. O porquê da ausência? Não interessa. O que interessa é que estou de volta. E vou postar uma trivialidade apenas para não perder o hábito.
Recebi o convite do e-amigo Monsieur Vivant para participar de uma postagem do seu blog dedicada aos amantes de literatura. Infelizmente, não pude participar devido ao período em que estive ausente aqui desta galáxia. Porém, a proposta era interessante e resolvi fazer dela um pequeno post.
A proposta era enviar uma foto com o seu livro favorito e falar um pouco sobre ele. Foto não postarei aqui até porque não tenho. Mas falarei sucintamente sobre o tema do livro.
O livro em questão chama-se Retrato em sépia, de autoria de uma escritora chilena chamada Isabel Allende. Nele, a autora narra uma saga familiar, através da lente de uma jovem chamada Aurora Del Valle.
A ambientação do romance se dá nos últimos anos do século XIX chegando aos primeiros do século seguinte e tendo como pano de fundo a sociedade chilena dos grandes latifundiários. O que me chamou a atenção nesta obra foi que o tema principal do romance é a memória. Esta é sempre obscurecida por segredos de família e que vivem a atormentar Aurora. Na busca por respostas para os seus dramas existenciais, Aurora refugia-se entre fotografias antigas buscando desvelar os mistérios acerca de sua existência, e acima de tudo, torna-se um anestésico para sua solidão.
Considero-o o livro fabuloso por conseguir mesclar ficção e história em uma narrativa tão cheia de sentimentos e numa linguagem sem muito rebuscamento, mas nem por isso se torna meloso.
Foi um livro que ganhei de presente em 2007. Desde lá, li muitos outros. Mas ainda tenho um carinho muito especial por este. E muito deste carinho se dá ao fato da minha extrema identificação com a sua personagem central.
Deixo aqui portanto, um trecho do livro, que aliás, constitui o último parágrafo do livro.


" A memória é ficção. Selecionamos o mais brilhante e o mais obscuro, ignorando o que nos envergonha, e assim bordamos o extenso tapete de nossa vida. Mediante a fotografia e a palavra escrita tento desesperadamente vencer a condição de minha existência, reter os momentos antes que desvaneçam e limpar a confusão de meu passado. Cada instante desaparece em um sopro e logo se transforma em passado, a realidade é efêmera e migratória, pura saudade. Com estas páginas e estas fotografias mantenho vivas as lembranças; é com elas que retenho uma verdade fugitiva, mas, apesar de tudo, verdade, e elas provam que esses fatos aconteceram e que esses personagens passaram pelo meu destino. (...) Escrevo para elucidar os velhos segredos de minha infância, definir minha identidade e criar minha própria lenda. Afinal, tudo que temos com plenitude é a memória tecida por nós mesmos. Cada um escolhe um tom para contar a própria história; gostaria de optar pela durável clareza de uma fixação em platina, mas nada em meu destino tem essa luminosa claridade. Vivo entre difusos matizes, velados mistérios, incertezas; o tom adequado para contar a minha vida se ajusta melhor ao de um retrato em sépia..." (ALLENDE, Isabel. Retrato em sépia. RJ, Bertrand Brasil,2001, pp. 419-420).
Continue reading...

sábado, 17 de abril de 2010

...


"Era uma vez uma garota adorável e solitária. Não tinha ninguém, a não ser um gato sem nome"
Continue reading...

sábado, 10 de abril de 2010

Pessoas (10)importantes.


Certa vez conheci alguém que me disse ser uma pessoa sozinha. Eu perguntei o porquê e ela com um ar blasé, tranquilamente me respondeu: - por que eu aprendi a ser sozinha. Não preciso nem dizer que nos demos muito bem. Me gusta mucho pessoas tranquilas, sem aquela afetação típica de pessoas extremamente carentes e que se acham a última Indaiá do deserto. São aquelas pessoas tão aparentemente desimportantes, que não ostentam nada, nem vivem a cuspir citações pseudo-intelectuais. Você as descobre pouco a pouco no seu palavreado, nas ideias sucintas e principalmente, por quase nunca serem pessoas inoportunas. São agradáveis e não fazem muito esforço para isso. Mas quando estão de mau humor... valha-me! Não gostam de ninguém por perto. Por isso se afastam para não contaminar os outros com sua acidez. É por isso que em geral são pessoas sozinhas. Porque são desapegadas. Aprendem a controlar os impulsos e a equilibrar os sentimentos. Não são controladoras, nem obcecadas, nem invejosas. (aliás, talvez um tiquito. Mas como disse, são pessoas que possuem um auto-controle excepcional!) Ou seja, pessoas nada emocionantes! Mas seria muito interessante se pudessem existir em maior porcentagem.
Continue reading...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Satisfações.


Vejo que já andam me cobrando novas postagens por aqui. O engraçado é que hoje mesmo alguém me pediu para escrever sobre certo assunto no qual concordava comigo, mas dizia "não ter muito jeito com as palavras". Mas o motivo da redução ou mesmo ausência de palavras por aqui se dão por um único motivo que vos digo já: CANSAÇO! É somente isso. Nada mais. Mas eu creio não ser a única que ande sendo acometida pela Sindrome de Jaiminho por este mundo. Cansaço, fadiga, estresse...estas são as palavrinhas mas comuns do nosso dicionário contemporâneo. Mas eu não vim aqui me lamuriar não. Até porque cansaço se cura com noite bem dormida, uma músiquinha velha no mp3 ou qualquer outro lugar, uma manhã com um amigo, um filme com o namorado, um passeio com o filho, uma boa notícia, um sushizinho de vez em quando...enfim, vacina é o que não falta contra esta pandemia que nos aflinge. Vim apenas dar uma pequena satisfação aos queridos e-leitores (não é trocadilho não...rs!) sobre as ausências repentinas. E dizer que em breve estarei de volta.



...eu acho!!
Continue reading...

domingo, 4 de abril de 2010

(in)cultura paraense.


Acho incrível como as pessoas gostam de nos impor seus gostos musicais duvidosos. Eu aqui, na minha, escutando a minha Diário FM, vendo umas coisinhas lindas e inspiradoras aqui na net e tendo que suportar o diabo de uma aparelhagem tocando vários daqueles bregas horrorosos, martelando a minha cabeça...Paraense é foda! Exibido por natureza e afetado por demais da conta!!
Continue reading...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Sobre decisões e sacrifícios.



Hoje assisti a um dos tantos episódios assistidos do enigmático "Caverna do Dragão". Não preciso nem falar sobre a minha paixão por esta série inacabada e que se tornou um dos ícones de uma geração. Eu gosto das mensagens transmitidas. Me fazem sentir bem, mesmo num dia de stress. Hoje quando liguei a TV peguei já pela metade um episódio do qual eu não lembrava, ou até mesmo não tenha assistido. Era um episódio sobre uma caixa mágica que poderia oferece-lhes a tão sonhada volta para casa. No decorrer da trajetória os jovens guerreiros caem em várias armadilhas, o que porém, não faz com eles desistam do seu sonho. Em uma das tantas tentativas, eles finalmente conseguem. Mas como felicidade dura pouco, logo logo os jovens se veem obrigados a retornar devido a ameaça do temível Vingador de destruir seu mundo caso eles não o entregassem as suas armas mágicas. A decisão era difícil, mas eles não tinham saída: ou entregavam as armas permitindo assim o triunfo do Vingador sobre o Mestre dos Magos ou assistiriam de camarote, aliás, de carrinho de montanha-russa, a devastação do seu mundo.

Decisões... seja qual a decisão que tomemos sempre saimos perdendo. E eu fiquei pensando em como as vezes a vida nos exige certos sacrifícios em prol de um "bem maior". E é isso que nos dá força para sempre confiarmos no amanhã.

Continue reading...

domingo, 28 de março de 2010

Voyage, voyage...


Voyager eternellement.
Et jamais ne reviens...


Continue reading...

quinta-feira, 25 de março de 2010

O convite*


"Não me interessa saber como você ganha a vida. Quero saber o que mais deseja e se ousa sonhar em satisfazer os anseios do seu coração.

Não me interessa saber sua idade. Quero saber se você correria o risco de parecer tolo por amor, pelo seu sonho, pela aventura de estar vivo.

Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com sua lua. O que eu quero saber é se você já foi até o fundo de sua própria tristeza, se as traições da vida o enriqueceram ou se você se retraiu e se fechou, com medo de mais dor.

Quero saber se você consegue conviver com a dor, a minha ou a sua, sem tentar escondê-la, disfarçá-la ou remediá-la.

Quero saber se você é capaz de conviver com a alegria, a minha ou a sua, de dançar com total abandono e deixar o êxtase penetrar até aponta dos seus dedos, sem nos advertir que sejamos cuidadosos, que sejamos realistas, que nos lembremos das limitações da condição humana.

Não me interessa se a história que você me conta é verdadeira. Quero saber se é capaz de desapontar o outro para se manter fiel a si mesmo. Se é capaz de suportar uma acusação de traição e não trair sua própria alma, ou ser infiel e, mesmo assim, ser digno de confiança.

Quero saber se você é capaz de enxergar a beleza no dia-a-dia, ainda que ela não seja bonita, e fazer dela a fonte da sua vida.

Quero saber se você consegue viver com o fracasso, o seu e o meu, e ainda assim pôr-se de pé na beira do lago e gritar para o reflexo prateado da
lua cheia: "Sim!"

Não me interessa saber onde você mora ou quanto dinheiro tem. Quero saber se, após uma noite de tristeza e desespero, exausto e ferido até os ossos, é capaz de fazer o que precisa ser feito para alimentar seus filhos.

Não me interessa quem você conhece ou como chegou até aqui. Quero saber se vai permanecer no centro do fogo comigo sem recuar.

Não me interessa onde, o que ou com quem estudou. Quero saber o que o sustenta, no seu íntimo, quando tudo mais desmorona.

Quero saber se é capaz de ficar só consigo mesmo e se nos momentos vazios realmente gosta da sua companhia...."

(Oriah Mountain Dreamer, O convite, Rio de Janeiro, Sextante, 2000)


Será que temos todas essas respostas?!
Continue reading...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Don't dream It's over...


Ontem eu sonhei com você. Você ainda era jovem e trazia consigo muitas dores e sequelas. E eu pude sentir a sua agonia. Eu sei como é se sentir sozinho no meio da multidão, onde todos falam ao mesmo tempo e você é alheio a tudo aquilo. Sei como é a vontade de sair correndo e se esconder em algum buraco onde você fique sozinho de verdade. Sem ninguém. Sem falsos gracejos. Falsas palavras. Falsas ações.
Eu ontem pude perceber sua angústia ao te perguntarem: - por que você tem uma cara tão triste? Você correu e se escondeu. Sentiu vergonha de ser triste. E pude perceber o seu desespero quando se deu conta de que todos haviam partido te deixando toltalmente só. Você não sabia o que fazer, pra que direção ir. Pensou que seria o fim do mundo não é?
Mas você viu o que aconteceu depois? Outras pessoas vieram e te acolheram, te fizeram rir, te mostraram absurdos, te estenderam a mão, te ofereceram uma outra lente para que curasses a tua miopia. Eu só queria te dizer que não é vergonhoso sentir tristeza quando se está triste. E que você preste mais atenção nas histórias de La Fontaine. E que você consiga sempre olhar para além das muralhas do mundo real. E que você consiga enxergar o pote escondido ao final do arco-iris. E que você nunca deixe de sonhar. E de se surpreender.
Continue reading...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fátima, a fiandeira*


"Numa cidade do mais longínqüo Ocidente vivia uma jovem chamada Fátima, filha de um próspero Fiandeiro. Um dia seu pai lhe disse:

Filha, faremos uma viagem, pois tenho negócios a resolver nas ilhas do Mediterrâneo. Talvez você encontre por lá um jovem atraente, de boa posição, com quem possa e então se casar.

Iniciaram assim sua viagem, indo de ilha em ilha; o pai cuidando de seus negócios, Fátima sonhando com o homem que poderia vir a ser seu marido. Mas um dia, quando se dirigiam a Creta, armou-se uma tempestade e o barco naufragou. Fátima, semiconsciente, foi arrastada pelas ondas até uma praia perto de Alexandria. Seu pai estava morto, e ela ficou inteiramente desamparada.

Podia recordar-se apenas vagamente de sua vida até aquele momento, pois a experiência do naufrágio e o fato de ter ficado exposta às inclemências do mar a tinham deixado completamente exausta e aturdida.

Enquanto vagava pela praia, uma família de tecelões a encontrou. Embora fossem pobres, levaram-na para sua humilde casa e ensinaram-lhe seu ofício. Desse modo Fátima iniciou nova vida e, em um ou dois anos, voltou a ser feliz, reconciliada com sua sorte. Porém um dia, quando estava na praia, um bando de mercadores de escravos desembarcou e levou-a, junto com outros cativos.

Apesar dela se lamentar amargamente de seu destino, eles não demonstraram nenhuma compaixão: levaram-na para Istambul e venderam-na como escrava. Pela segunda vez o mundo da jovem ruira.

Mas quis a sorte que no mercado houvesse poucos compradores na ocasião. Um deles era um homem que procurava escravos para trabalhar em sua serraria, onde fabricava mastros para embarcações. Ao perceber o ar desolado e o abatimento de Fátima, decidiu comprá-la, pensando que poderia proporcionar-lhe uma vida um pouco melhor do que teria nas mãos de outro comprador.

Ele levou Fátima para casa com a intenção de fazer dela uma criada para sua esposa. Mas ao chegar em casa soube que tinha perdido todo o seu dinheiro quando um carregamento fora capturado por piratas. Não poderia enfrentar as despesas que lhe davam os empregados, e assim ele, Fátima e sua mulher arcaram sozinhos com a pesada tarefa de fabricar mastros.

Fátima, grata ao seu patrão por tê-la resgatado, trabalhou tanto e tão bem que ele lhe deu a liberdade, e ela passou a ser sua ajudante de confiança. Assim ela chegou a ser relativamente feliz em sua terceira profissão.

Um dia ele lhe disse:

Fátima, quero que vá a Java, como minha representante, com um carregamento de mastros; procure vendê-los com lucro.

Ela então partiu. Mas quando o barco estava na altura da costa chinesa um tufão o fez naufragar. Mais uma vez Fátima se viu jogada como náufraga em uma praia de um pais desconhecido. De novo chorou amargamente, porque sentia que nada em sua vida acontecia como esperava. Sempre que tudo parecia andar bem alguma coisa acontecia e destruia suas esperanças.

Por que será — perguntou pela terceira vez — que sempre que tento fazer alguma coisa não da certo? Por que devo passar por tantas desgraças?
Como não obteve respostas, levantou-se da areia e afastou-se da praia.

Acontece que na China ninguém tinha ouvido falar de Fátima ou de seus problemas. Mas existia a lenda de que um dia chegaria certa mulher estrangeira capaz de fazer uma tenda para o imperador. Como naquela época não existia ninguém na China que soubesse fazer tendas, todo mundo aguardava com ansiedade o cumprimento da profecia.

Para ter certeza de que a estrangeira ao chegar não passaria despercebida, uma vez por ano os sucessivos imperadores da China costumavam mandar seus mensageiros a todas as cidades e aldeias do país pedindo que toda mulher estrangeira fosse levada à corte. Exatamente numa dessas ocasiões, esgotada, Fátima chegou a uma cidade costeira da China. Os habitantes do lugar falaram com ela através de um intérprete e explicaram-lhe que devia ir à presença do imperador.

Senhora — disse o imperador quando Fátima foi levada até ele — sabe fabricar uma tenda?
Acho que sim, Majestade — respondeu a jovem.

Pediu cordas, mas não tinham. Lembrando-se dos seus tempos de fiandeira, Fátima colheu linho e fez as cordas. Depois pediu um tecido resistente, mas os chineses não o tinham do tipo que ela precisava. Então, utilizando sua experiência com os tecelões de Alexandria, fabricou um tecido forte, próprio para tendas. Percebeu que precisava de estacas para a tenda, mas não existiam no país. Lembrando-se do que lhe ensinara o fabricante de mastros em Istambul, Fátima fabricou umas estacas firmes. Quando estas estavam prontas ela puxou de novo pela memória, procurando lembrar-se de todas as tendas que tinha visto em suas viagens. E uma tenda foi construída.

Quando a maravilha foi mostrada ao imperador da China ele se prontificou a satisfazer qualquer desejo que Fátima expressasse. Ela escolheu morar na China, onde se casou com um belo príncipe e, rodeada por seus filhos, viveu muito feliz até o fim de seus dias.

Através dessas aventuras Fátima compreendeu que, o que em cada ocasião lhe tinha parecido ser uma experiência desagradável, acabou sendo parte essencial de sua felicidade".


É Fátima...creio que também sou capaz de construir uma tenda!!


*Conto popular famoso na Grécia, não se sabendo ao certo de onde provém sua origem.

Continue reading...

terça-feira, 9 de março de 2010

Uma quase-tragédia cotidiana.


O que é uma pessoa ter sorte? Passar no vestibular? Num concurso? Nascer numa família rica? Ganhar na Mega-Sena? Encontrar um grande amor?

Hoje eu presenciei um fato que me fez ficar pensando o dia inteiro neste lance de sorte. Estava eu numa parada de ônibus em pleno meio-dia em pleno Ver-o-peso. Pense num inferninho que é estar num sol de rachar a cuca, contando com a sorte de que o ônibus não demore, nem invente de queimar a parada e te deixar mais meia-hora virando churrasco. Eis então que um ônibus pára e desenbarcam vários passageiros. Dentre estes encontra-se uma jovem senhora portadora de uma deficiência física. Assim que ela desce outra senhora que corria para não perder o seu transporte dá-lhe uma senhora trombada que a joga na beira da pista. Por pouco, muito pouco, o ônibus seguinte não a esmaga. A cena é impactante porque imaginamos sempre o pior. A senhora ofegante e totalmente atordoada começa a xingar a outra. Esta por sua vez não sabia o que dizer, apenas pedia desculpa pois não tinha sido intencional.

A partir deste quase-trágico fato, fiquei pensando o resto do dia nesta história de vítimas e vilões. A senhora, mesmo sem querer, poderia ter sido a autora de uma grande tragédia. E a outra...nossa! A outra foi detentora de uma graaaande sorte! Dessas de levantar a mão pro céu e agradecer, agradecer e agradecer...

A vida tem dessas coisas!!
Continue reading...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Hay que endurecer, pero si perder la ternura jamás!


Mulher: ser ou não ser? Por que não?



Hoje o que eu já ouvi de felicitações por conta do 8 de março, não é brincadeira. E claro, quantos eu escuto são quantos os que eu também tenho que retribuir. Coisa forçada. E forçação de barra é algo que detesto. Sabe, eu não sou contra datas comemorativas, mas acho que elas perdem o sentido real para qual foram criadas. Transformam-se em mera desculpa para o consumo. Compras, compras e mais compras. Dificilmente se pára um pouquinho para se fazer uma reflexão sobre o papel exercido pela mulher em nossa sociedade. O que consquistamos de fato? Pelo quê ainda preciamos lutar? Será que a mulher já é um ser tão livre quanto se pensa? Nos coloquemos a frente de um espelho e nos façamos estas perguntas. Pensemos nas limitações que ainda sofremos pelo simples fato de sermos mulheres. Mulher não pode... Mulher isso...Mulher aquilo... Isso quer dizer então que ser mulher é se adaptar aos valores impostos sem contestar? É assim que nos tornaremos livres? Baixando a cabeça sempre? Nos adequando? Nos oprimindo? Buscando apenas satisfazer as vontades alheias?
Eu acredito, sinceramente, que ser mulher ainda é um grande desafio neste mundo. E termino este breve desabafo citando um frase tão cliché, mas de um sentido tão profundo que talvez muitos e muitas ainda não compreendam de fato:

"Não se nasce mulher, torna-se mulher". (S. Beauvoir)

E aconselho:

"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida". (E. "Che" Guevara)

E um Feliz Dia Internacional da Mulher. Porque ser mulher ainda vale muito a pena!
Continue reading...

domingo, 7 de março de 2010

Pensamentos roubados*


"Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existência e desvendar seus mistérios." (A. Cury)


"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente que abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre o assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade." (P. Neruda)
*Roubei porque achei bunito de duê.
Continue reading...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fevereiro



Este fevereiro azul
como a chama da paixão
nascido com a morte certa
com prevista duração

deflagra suas manhãs
sobre as montanhas e o mar
com o desatino de tudo
que está para se acabar.

A carne de fevereiro
tem o sabor suicida
de coisa que está vivendo
vivendo mas já perdida.

Mas como tudo que vive
não desiste de viver,
fevereiro não desiste:
vai morrer, não quer morrer.

E a luta de resistência
se trava em todo lugar:
por cima dos edifícios
por sobre as águas do mar.

O vento que empurra a tarde
arrasta a fera ferida,
rasga-lhe o corpo de nuvens,
dessangra-a sobre a Avenida

Vieira Souto e o Arpoador
numa ampla hemorragia.
Suja de sangue as montanhas,
tinge as águas da baía.

E nesse esquartejamento
a que outros chamam verão,
fevereiro ainda em agonia
resiste mordendo o chão.

Sim, fevereiro resiste
como uma fera ferida.
E essa esperança doida
que é o próprio nome da vida.

Vai morrer, não quer morrer.
Se apega a tudo que existe:
na areia, no mar, na relva,
no meu coração — resiste.
(
VERÃO, Ferreira Gullar)

Continue reading...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Filosofias de ônibus


Diálogo enriquecedor entre duas acadêmicas no ônibus, de volta pra casa.

Tico:
- A prova, como sempre, vai ser de dedução. Vais ver, e só enrolação!

Teco:
- É por isso que eu prefiro matéria decorativa, é isso, isso e pronto!


É minha gente... este é o país do futuro...
Continue reading...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Alma errante.


Ontem me peguei revirando baús e escutando música brega. Depois, não sei porquê, já estava escutando ópera. É, eu tenho uma forte atração pelo que é velho, encardido, empoeirado. Eu olho para a dita coisa e penso: você deve ter muita coisa a contar... É assim com músicas, livros, fotografias, cadernos... E ai me pego as vezes pensando por que diabos eu fui fazer História, se eu queria ser jornalista? E por que algumas lágrimas tolas caem do meu rosto toda vez que escuto certas músicas do Roberto Carlos? E por que sempre fui mais atraída pelos homens mais velhos? E por que pessoas mais velhas me pedem conselhos? E por que um peso tão grande nas costas para um mísero 1/4 de século?

Isso me leva a pensar sinceramente que eu seja uma alma velha encarnada em um corpo ainda jovem. Talvez eu seja realmente a alma de alguma cigana errante que esteja lá pela sua centésima oitava reencarnação em busca da sua purificação. Ou talvez, eu seja mesmo é uma fera ferida, desconfiada por conta das tantas e tantas armadilhas que a vida já me preparou e agora o que busco é algum abrigo seguro para descansar.


Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída...

Mas saí ferido
Sufocando meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes
No peito atingido...

Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
E até me levar por você...

Eu sei!
Quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor
Eu sei!
O coração perdoa
Mas não esquece a toa
E eu não me esqueci...

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...

Eu andei demais
Não olhei pra trás
Era solto em meus passos
Bicho livre, sem rumo
Sem laços...

Me senti sozinho
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda, um lugar
Um amigo...

Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus rastros desfiz
Tentativa infeliz
De esquecer...

Eu sei!
Que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes
Eu sei!
Que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci...

(Fera Ferida, Roberto e Eramo)


É...essa música traduz em seus versos toda uma miscelânea de vivências e sentimentos que compõe a minha "pouca e vasta" trajetória.



Continue reading...

(F)utilidade Pública



Depois dizem que se preocupar com a aparência é pura frivolidade!!
Continue reading...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Música do dia*



Cofie em mim, baby, me dê tempo, me dê tempo, me dê tempo

Eu ouvi alguém dizer, oh, "Quanto mais velha a uva,
Mais doce o vinho, mais doce o vinho"

Oh, meu amor é como uma semente, baby,
Está crescendo com mais força dia após dia, sim,
Esse é o preço que você tem de pagar

Confie em mim, baby, me dê tempo, me dê tempo, por favor
Um pouco mais de tempo

Leva um corredor de auto-estrada só um pouco mais longe, querido
Oh, para fazer minha cabeça, eu preciso fazer minha cabeça
Oh, meu amor é como uma semente, baby, só precisa de tempo para crescer,
Está crescendo com mais força dia após dia,
Esse é o preço que ambos devemos pagar

Eu vou saber, saber que está pronta, oh pronta para me acalmar
Porque eu penso demais no seu amor, baby
Sim, e eu não quero complicar sua vida!

Então se você me ama como diz que ama, querido
Você não deveria se importar em pagar o preço, qualquer preço, qualquer preço
O amor foi feito para ser aquele tipo de coisa especial
Faz qualquer um querer o sacrifício
Oh, meu amor é como uma semente, baby, só precisa de tempo para crescer,
Está crescendo com mais força dia após dia,
Esse é o preço que ambos devemos pagar

Confie em mim, baby, confie em mim, baby,
Confie no meu amor, no meu coração
Mantenha a fé, baby, mantenha a fé em mim, querido, eu meu amor
Não vire seu rosto de mim, não não não não não não não
Você precisa acreditar em mim, baby, é, acredite em mim, oh...

*Trust me, Janis Joplin, Pearl.



Continue reading...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Homenagem do dia: Malu Trindade



É isso mesmo, eu não me equivoquei. Camila Morgado eu aprecio desde os tempos da Manuela. Mas hoje eu quero falar é da própria Malu, a economista-maluquete de Viver a vida. Primeiro, a Malu me faz rir porque ela é caricatural. É o retrato da típica mulher bem-resolvida que só se mete em encrencas emocionais. Isso mesmo: só se apaixona pelos caras errados. Mulheres como Malu existem aos moooontes por aí. As características são em geral as mesmas: mulheres estudadas, de boa família, aparência invejável, independentes e ex-tre-ma-men-te carentes. Ou seja, alvos fáceis para tantos e tantos lobos maus que andam soltos por aí.
O segundo ponto que me chama atenção na Malu é o seguinte: ela está sempre impecavelmente elegante (tá, as vezes ela exagera um tantinho). Mas seja no trabalho ou no seu dia a dia ela é chic, chic de doer. É uma mulher que busca ser sensual e bem vestida até na hora de dormir.
O terceiro e último ponto que me chama atenção é que quando uma personagem bem vestida aparece em algum folhetim pode contar que é a vilã ou a perua-consumista-sem-nada-pra-fazer-a-não-ser-torrar-o-dinheiro-do-marido-no-shopping. E a Malu não é assim. A Malu é do bem (tirando o fato dela ficar se esfregando com o marido da prima). A Malu é séria mesmo sendo cômica. Trabalha e é reconhecida pelo que faz. Por isso eu acho que ela merecia algo bem melhor que o Gustavão. Ela merece ou não merece?
Continue reading...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A volta ao aconchego.


Peço perdão pela ausência repentina. Mas como podem ver, já estou de volta. Trouxe na bagagem muitas histórias para contar. Mas confesso que estou com uma daquelas crises de "preguicite intelectual". Sabe como é né? Escrever é que nem sexo: sem tesão não tem a mínima condição. Mas não se preocupem, logo logo estarei de volta ao ofício.
Continue reading...

domingo, 31 de janeiro de 2010

Sem palavras para definir (II) ou A Revelação.


Ele chegou numa noite fria e de grande nevasca. E me me encontrou encolhida já quase sem forças para lutar contra as intempéries do tempo e da vida. Eu em meio àquele imenso nevoeiro não conseguia enxergar muito bem as coisas. E fiquei com medo. Medo de que tudo não passasse de uma bela e tão ligeira miragem. E então ele me disse que há muito havia escutado o meu pedido de socorro. E perguntei por que havia demorado tanto. E ele respondeu que as coisas acontecem no seu exato momento. Me falou que havia tentado mandar uma mensagem para me alertar, mas que por alguma interferência na Força, ela não pode chegar até mim. E então ele entendeu que deveria esperar o tempo certo. E assim o fez. Então perguntei a ele qual era a sua missão. E ele me respondeu que era me guiar para o caminho da esperança, por que seu mestre havia percebido que naquele momento eu poderia ser um alvo muito fácil para as Forças Sombrias. Que eu poderia por desespero me entregar. Eu então o abracei e pedi para que ele nunca mais saísse de perto de mim, ou ao menos, até eu aprender a andar totalmente sozinha. E ele disse que assim seria porque esta era a sua missão, mas somente com o tempo eu entenderia a grande mensagem enviada por seu Grande Mestre. O tempo se abriu permitindo que o sol brilhasse e irradiasse sobre mim os seus raios. Comecei a vislumbrar caminhos os quais antes eu nunca conseguiria enxergar. Era um novo tempo. Um tempo para eu plantar novas sementes, regá-las e esperar os frutos que elas poderiam oferecer. E assim o tempo passou. E na noite em que eu comemorava uma fértil colheita, fui surpeendida por uma visita silenciosa e amável que me peguntava:

- Você consegue perceber minha criança?

Tomada pela súbita emoção, eu não sabia nem ao certo o que responder. Mas me sentia extremamente honrada com aquela ilustre visita.

- Eu nunca lhe abandonei minha doce criança. Porque eu sempre confiei em você.

Então eu lhe perguntei por que os meus caminhos haviam sido sempre tão cheios de espinhos? Por que Ele havia permitido que eu me machucasse tanto? O porquê de tantas dores, tantos mal-entendidos?

Tranquilamente ele se pôs a me responder:

- Não pense se tratar de um prazer sádico de ver tantas e tantas almas atormendas e nada fazer por elas. Você pode achar que o mundo é imperfeito ou defeituoso, mas ele não é. Só está desequilibrado. Extremamente desequilibrado. E tudo isso é culpa de um outro Grande Espirito que assim como eu, anda solto pelo mundo espalhando suas travessuras. Ele faz isso para me atacar. Principalmente quando ele encontra algum espirito elevado. Então ele empenha todas as suas forças para enfraquecê-lo. Teme pelo aumento de meu exército. E por isso o mundo mostra-se desse jeito que você vê. Porque vagamos eternamente tentando desfazer as obras um do outro. Você deve estar se perguntando por que eu não o extermino de uma vez não é mesmo?
Mas acontece que assim como eu, ele também é um grande e poderoso mestre. Nasceu do mesmo ventre que eu. Sim, somos irmãos. Somos filhos da mesma Grande Mãe. E aliás, não se esqueça que somos espiritos, e como se sabe espiritos não morrem, apenas podem ser enfraquecidos.
É por isso que lhe enviei os anjos. Para que eles não permitissem que seu espírito enfraquecesse. Para que você não perdesse sua esperança que estava por um fio. O primeiro, ainda era um aprendiz, porém muito promissor. Será no futuro um grande arcanjo. Mas ainda precisa terminar seu treinamento. Este que agora lhe acompanha já é um anjo ordenado. E estará com você até quando terminar sua missão. Devo lhe dizer que estes não foram na verdade os primeiros. Eu já enviei outros que tão logo cumpriram sua missão, partiram. Podes entender agora?


Eu continuava atônita, mas agora compreendia muitas coisas. E Ele continuava, enquanto me presenteava com uma bela coroa de quartzo enfeitada com pétalas de rosas:

- Percebes que te fiz princesa entre plebeus? Fiz isso para testar tua força, tua nobreza. Fico feliz por teres aprendido muito. Aprendido a perdoar, a se arrepender e a não perder a esperança. Pode parecer "clichè", mas a paciência é uma das maiores virtudes do homem. Por isso, seja paciente sempre que alguma tempestade se aproximar. Feche os olhos e pense nas flores que nascem dos solos áridos ou dos pântanos putrefados; pense nas crianças prodígios que vencem a adversidade por meio de um grande talento; escute Vivaldi e Mozart; cante o amor através das canções açucaradas que você tanto gosta; aprecie o crescimento da pequena flor do seu jardim a qual você tem que regar dia após dia até se tornar uma bela roseira; Ajude aqueles que você puder ajudar, mesmo que seja com muito pouco. Isso é a vida. Ela é grande mestra. Por isso, entenda que a verdadeira sabedoria não se encontra nos tantos livros que você lê. Ela está contida neste grande livro feito deste fino e delicado papel e no qual você escreve todos os dias com letras invisíveis. Você entende?
E foi então que Ele se despediu, deixando um rastro luminoso de estrelas cintilantes sobre aquele que seria o meu reino. E então eu perguntei se algum dia eu o "veria" outra vez. E Ele respondeu que era muito provável que não. Se eu entedesse de verdade a sua mensagem, não haveria mais nenhuma necessidade. E partiu na sua eterna peregrinação, iluminando caminhos, levando esperança a corações tão necessitados e famintos.

E diante de tanta honra, tanta graça eu me curvava agradecida diante do grande espetáculo que é a vida.

Continue reading...
 

Coisas de Madame... Copyright © 2009 Cosmetic Girl Designed by Ipietoon | In Collaboration with FIFA
Girl Illustration Copyrighted to Dapino Colada