sábado, 31 de outubro de 2009

No meio do caminho...


Ultimamente ando cheia de ideias, mas pouca vontade de escrever. Acho que é um daqueles momentos de "preguicite intelectual", sabe? Mas meu coração está tranquilo. E cheio de esperanças. Acho que o tempo se encarrega de nos ensinar a lidar com a vida, com os nossos medos. Hoje vejo a vida por outro ângulo. E eu diria que até menos pessimista que de costume. Já perdi muito tempo derramando lágrimas, mas acredito que nunca vou parar de derramá-las. Porque as vezes não tem jeito. Há situações na vida que tudo que nos resta é lamentar. E a gente precisa mesmo é deixar escoar toda a tristeza e melancolia que estiver acumulada dentro da nós. Os bons empreendedores aproveitam os momentos de crise para redefinir novas estratégias. Mas somente agem assim os empreendedores de sucesso. Outros abandonam o barco tão logo se dá a primeira tempestade. A vida é assim. Um empreendimento. E se não soubermos dirigi-la certamente estaremos fadados ao fracasso.
Ás vezes o que precisamos é nos reinventarmos. Trilhar novos caminhos, antes até impensáveis. É óbvio que é sempre mais cômodo seguir o caminho que, a princípio, nos parece menos sinuoso, sem muitos obstáculos. Mas nem tudo que parece é, já nos diria o velho cliché. Tão logo começamos a trilhar este caminho, nos surgirão obstáculos os quais nem sempre estamos preparados para transpôr-los. São as armadilhas da vida.
É nesta direção que hoje enxergo a vida. Mas devo confessar que as coisas ainda me parecem muito nebulosas. Mas eu tenho certeza que nada será fácil nem soluções cairão do céu. O caminho será cheio de pedras, mas já estou ciente disso. Então acredito estar preparada para, se for preciso, chutar as pedras, colocar band-aid nas feridas e continuar o meu caminho.
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Apelo


Eu teria aqui muitas coisas a dizer. Mas devo confessar que tenho muito mais coisas a fazer porque as ideias já não ficam quietas dentro da caixola. Algumas são simples e outras complexas. Tal como um átomo. Confesso que nem sei ao certo como é um átomo. Só me lembro de umas aulas toscas de quimica, das quais acho que o que consegui compreender foi isso. Eu desconfio que nem quem tentava explicar o que era o maldito átomo sabia necessariamente do que estava falando. Apenas cuspia teoria. Palavras ao vento. Por isso, muitas vezes nos perdemos tanto falando e falando que esquecemos de agir. Podemos até usar palavras sofisticadas, mas elas muitas vezes só servem para ludibriar aquele a quem se quer persuadir. Façamos de fato, o conhecimento ter o seu devido valor. Deixemos de fazer dele mera reprodução alienada, sem ligação com as reais necessidades do mundo que nos cerca. Este é um apelo que faço a mim mesma que ao invés de estar aqui escrevendo baboseiras, já devia estar na cama porque amanhã é um novo dia. E quem sabe se eu acordar bem, eu consiga ver o mundo melhor.
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O poder da música


Outro dia, assistindo a uma apresentação da OSTP, me chamou atenção quando o maestro, Evaldo Oliveira, fazia um breve comentário sobre o poder da música sobre nós seres humanos. Afirmava ele que a música é capaz de despertar em nós as mais diversas emoções, dependendo do estilo musical, da sonoridade, etc. Por exemplo, imaginemos as sensações que sentimos ao adentramos a um teatro e a uma discoteca. Certamente na primeira o sentimento mais comum é o da tranquilidade que se mistura com um certo tom melancólico. Na segunda, obviamente somos invadidos por uma mistura de alegria e euforia que nos leva a externá-la através da dança, do movimento dos corpos.
Porém, uma das sensações mais marcantes transmitidas pelo poder da música é a nostalgia. Percebo que muito da ligação que temos com o nosso passado é proporcionada pela música. As canções marcam época e assim, cristalizam sensações vividas. É como se adentrassemos em uma máquina do tempo. Através dela somos capazes de sentirmos as emoções outrora vividas, lembrar das pessoas que conviviam conosco, as suas atitudes e sentir toda a aura de um tempo que se foi e que só encontra vida através da nossa memória.
Faço esta breve consideração sobre este mágico poder da música porque estes dias tenho lembrado muito de minha infância. Não, eu não quero adentrar aqui em pormenores da minha vida, nem do meu passado, nem das minhas mazelas sentimentais. Afinal, passado é passado e só faz sentido para nós mesmos. Para os outros, não passa de mera quinquilharia nostálgica. E revirando o baú das minhas lembranças encontrei uma música que me remete a esta sensação a qual me referia acima: nostalgia. Ela me recorda a infância, aos meus 7 anos (se não me falhe a memória), o clima da cidade que tanto enchia os meus olhinos de felicidade. Ela se chama Romance rosa (Bachata rosa) e é de autoria de um cantor dominicano chamado Juan Luis Guerra. Era uma das músicas mais tocadas na rádio. Acho que por este fato e pela sua sonoridade adocicada ela acabou ficando gravada na minha memória, guardada no baú empoeirado das minhas recordações.



Bachata Rosa

Te regalo una rosa
La encontré en el camino
No sé si está desnuda
O tiene un solo vestido
No, no lo sé

Si la riega el verano
O se embriaga de olvido
Si alguna vez fue amada
O tiene amores escondidos

Ay, ayayay, amor
Eres la rosa que me da calor
Eres el sueño de mi soledad
Un letargo de azul
Un eclipse de mar, pero...
Ay, ayayay, amor
Yo soy satélite y tú eres mi sol
Un universo de agua mineral
Un espacio de luz
Que sólo llenas tú, ay amor

Te regalo mis manos
Mis párpados caídos
El beso más profundo
El que se ahoga en un gemido, oh

Te regalo un otoño
Un día entre abril y junio
Un rayo de ilusiones
Un corazón al desnudo






Na teledramarturgia ela foi tema da personagem Yasmim interpretada pela atriz Daniella Perez na novela De corpo e alma (1992). Da novela de fato, lembro pouco. Mas esta música me transmite profundas emoções e recordações.





Romance rosa

Eu te dei uma rosa
Que encontrei no caminho
Não sei se estava nua
Ou se tinha algum espinho

Se uma gota de orvalho
Molha o seu rosto bonito
Se alguma vez foi amada
Ou tem amor proibido

Ah, ai ai ai, amor
Você é a rosa que me dá calor
Você é um sonho em minha solidão
Um abismo de azul
Um eclipse do mar

Ah, ai ai ai, amor
Eu sou satélite e você é meu sol
Um universo de água natural
Um espaço de luz
Feito só pra nós dois, ai amor

Eu te dou minhas mãos
Meu pranto tão sofrido
Um beijo mais profundo
Que se afoga num gemido
Eu te dou um outono
Um dia entre Abril e Junho
Um raio de ilusões
Um coração no escuro

Ah, ai ai ai, amor
Você é a rosa que me dá calor
Você é um sonho em minha solidão
Um abismo de azul
Um eclipse do mar

Ah, ai ai ai, amor
Eu sou satélite e você é meu sol
Um universo de água natural
Um espaço de luz
Feito só pra nós dois, ai amor




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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Dona da história (ou a crônica de um retorno)



Sim, eu estou viva. Que pergunta idiota. E se não dei noticias por tanto tempo foi porque não me deu vontade, oras! Por que eu fui embora? Simplesmente por que tudo me cansa, principalmente a falsidade das pessoas. Cansei. Cansei das pessoas falsas que insistem em ficar me dando beijinhos na cara quando na verdade elas querem que eu me foda. O que elas sabem da minha vida? Ou o que elas pensam que sabem? Será que a vida delas anda as mil maravilhas que anda sobrando tempo para se importarem com a vida dos outros?
As vezes você me diz que eu preciso reescrever a minha história. É eu sei que você tem razão, por mais que as vezes a sua sinceridade me chateie. Sei que as vezes sou egoísta que te faço escutar minhas lamúrias, mas me conforta saber que tenho alguém para fazer meus lamentos terem sentido. É isso que os amigos fazem uns com os outros né? Escutam, aconselham, choram, riem... É, eu sei que devo trocar as reticências pelo ponto final. Preciso aprender a amarrar as coisas, parar de deixá-las em aberto. Eu juro que vou tentar. Sei que devo fazer uma coisa de cada vez, mas a qualquer hora dessa, uma ideia insana acabará dando certo. Sei que devo arricar mais, ser mais audaciosa. Mas tu sabes como eu sou medrosa né? Eu sei que eu deveria era conhecer outros mundos, outras pessoas. Eu deveria talvez era me preocupara menos com as pessoas, afinal cada um tem a sua vida. Cada um deve escolher a aquarela para colorir a sua vida. Mas pelo visto, é tão mais fácil delegar tarefas, talvez pelo simples fato de ter em quem jogar a culpa depois pelos seus fracassos. A minha vontade sinceramente, era ir embora desta cidade, deste país, deste mundo todo que me atormenta. O problema é que acabo me apegando demais às pessoas. Fico pensando que elas precisam de mim e acabo sempre adiando meus planos, deixando a minha vida de lado. Um dia isso vai acabar! Mesmo que me atribuam o papel de vilã estarei feliz por enfim, ser a protagonista da minha história. E espero que você esteja lá, na primeira fila, com um buquê de rosas para me aplaudir.
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